segunda-feira, 25 de maio de 2009

Preservar e recuperar a Natureza enquanto é tempo!

Mau ordenamento na Figueira da Foz

Demos uma vista de olhos pela nossa cidade e não foi difícil encontrar lugares onde se vê, a olho nu, os efeitos da actividade humana no ambiente.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Devemos pensar grande"


Nosso pobre e combalido mundo está envolto em múltiplas crises. Há pobreza em massa e desigualdade crescente dentro e entre países pobres e ricos. O desastre financeiro que começou com as hipotecas subprimes se espalhou inexoravelmente pelos EUA e pelo resto do mundo, ameaçando mergulhar a economia global num período prolongado de estagnação tão severa como a Depressão. O pior de tudo é que a mudança climática e a destruição de espécies estão sendo aceleradas mais rapidamente do que muitos cientistas e alguns governos pensavam que fosse possível.
Uma crise retro-alimenta e intensifica a outra. Depois de anos de “inovações” irresponsáveis, grandes instituições financeiras estão sendo resgatadas com dinheiro público e muitos executivos pegam o dinheiro e desaparecem, enquanto milhões perdem seus empregos e frequentemente suas casas. Vejam a explosão da bolha imobiliária, o estouro especulativo das commodities do mercado, impulsionando o aumento do preço dos alimentos e da energia. O aumento dramático do preço dos gêneros de primeira necessidade mergulham outras 150 milhões de pessoas na pobreza. Comunidades pobres em recursos fazem o que podem, derrubam árvores, matam animais e super-exploram a pouca terra que têm, mas os ricos causam, de muito longe, um dano muito maior, com suas dinossáuricas pegadas ecológicas.
Defensor devoto da redução das suas emissões de dióxido de carbono, os EUA destina mais de um terço do plantio de seu milho e soja aos biocombustíveis, pressionando os preços dos alimentos para as alturas. O aquecimento global e a fúria de tempestades que ele provoca atingem mais duramente as regiões mais pobres da Terra, assim como o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) disse há muito tempo.
Então, há um caminho de saída? Sim, mas não o ambientalista bem conhecido e há muito advogado. Desculpem-me, mas “nós” não podemos salvar o planeta nem se amanhã “nós” reduzirmos o nosso consumo de energia pela metade. Eu não estou sugerindo que os indivíduos não devam fazer todas as mudanças que puderem, mas eles não devem nutrir quaisquer ilusões de que o comportamento pessoal, ainda que virtuoso quanto à emissão de dióxido de carbono, possa fazer diferença. Os maiores destruidores não vão desistir e medidas voluntárias são ineficientes. A escala é o problema, e nossa tarefa é promover um quantitativo e qualitativo salto na ação ambiental, reconhecendo que grande pode ser não apenas bonito mas crucial, se pretendemos evitar o pior.
Um passo desses é possível? Está o planeta salvaguardado enquanto o capitalismo internacional prevalece, com seu foco no crescimento e no lucro a todo custo, com a captura predatória de recursos e com a euforia financeira? Como disse um homem sábio: “Tudo para nós e nada para outro povo parece, em todas as épocas do mundo, ter sido a máxima vil dos senhores da humanidade”. Quem disse isso foi Adam Smith, em A Riqueza das Nações, não Karl Marx.
Se Smith estiver certo e nossos “senhores” continuam a exibir voracidade e avareza, devemos organizar uma revolução mundial antes de que possamos salvar a Terra? Há algum ponto único de ataque? Se sim, por favor, diga-me o nome do Czar e o endereço do Palácio de Inverno. Ele não é para ser encontrado em Wall Street, que não apenas sobreviveu ao 11 de Setembro mas parece ter capturado o governo norte-americano, a despeito de algumas das maiores empresas terem virado pó. Nem tão pouco alguém iria receber bem o sistema político que cobriu a vasta área em que essa revolução ocorreu.
Critérios básicos para novas construções devem ser tornadas a norma, enquanto outras podem ser reconsideradas em termos simples; famílias e proprietários de terras devem receber incentivos financeiros para construir “casas verdes” e painéis de energia solar - e venderem o excesso de energia para a rede de energia. A pesquisa pode ser orientada em direção das energias alternativas e materiais fortes e ultra-leves para aviões e veículos. Falando tecnicamente, nós já sabemos como fazer essas coisas, ainda que algumas soluções limpas ainda estejam mais caras que as poluentes. A produção em massa poderia alterar isso.
Susan George

Muda de hábitos! (muda o planeta)



Alimentos



-Preferência pelo consumo de produtos nacionais ou produzidos localmente, por alimentos da época e produzidos através da agricultura biológica;

-Incremento da produção local de alimentos, nos quintais e hortas existentes;

-Adopção de uma alimentação preferencialmente à base de cereais e vegetais, em detrimento da carne e peixe;

-Redução do consumo de “fast food”.


Bens de consumo

-Redução do nível de consumo, principalmente de bens supérfluos;

-Preferência de produtos “amigos do ambiente”, duradouros, reciclados ou recicláveis;

-Reutilização e reaproveitamento de bens, compra em segunda mão.


Energia e água

-Poupança de energia e água através de simples práticas caseiras, como seja o isolamento térmico, utilização de lâmpadas e aparelhos eléctricos de menor consumo, diminuição do volume de água do autoclismo, etc.;

-Se for viável, investimento em painéis solares ou outras formas de energia renovável.



Transportes


-Utilização preferencial de transportes públicos, principalmente ferroviários;

-Sempre que possível andar a pé ou de bicicleta;
Uma pessoa que utiliza transporte colectivo consome 12 vezes menos combustível do que se utilizasse o carro e causa uma emissão de 5 vezes menos de gás carbónico. Após 1 ano, o indivíduo que utiliza o carro particular, terá causado a libertação da mesma quantidade de carbono que 10 árvores assimilam, em seu processo de crescimento, ao longo de 20 anos aproximadamente. Utilizando o transporte colectivo, a quantidade de carbono emitida por pessoa equivale a 1 árvore.
Se uma pessoa deixar de usar o seu automóvel particular 1 vez por semana, durante 1 ano, mais de 200kg de gás carbónico deixarão de ser lançados na atmosfera. Além disso, essa mesma pessoa economizaria, ao longo desse ano, mais de 132 litros de combustível.

Serviços públicos
-Adopção de formas de recreio e turismo com menores impactes ambientais (eco-turismo).

Resíduos
-Compostagem de resíduos orgânicos no jardim ou quintal de casa;

-Reciclagem de papel, vidro, plástico, embalagens, pilhas, latas (ecopontos);
-Reutilização e reaproveitamento de bens, utilização de sacos de compras reutilizáveis;

-Prioridade de compra de produtos que não venham envolvidos em embalagem excessiva.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fábrica de celulose na Figueira da Foz



A fábrica de celulose Soporcel, situada na Leirosa, apresenta alguns riscos para o ambiente envolvente. É de reparar, no entanto, que investe simultaneamente no aproveitamento de energias e programas de acção ambiental. Eis o mecanismo de funcionamento das suas caldeiras:



  1. A fábrica produz, anualmente, 770 mil toneladas de papel e 555 mil toneladas de pasta e sulfato de eucalipto.
  2. 74% da matéria prima utilizada no fabrico de pasta de papel provém de plantações de eucalipto, nomeadamente do concelho da Figueira da Foz. O plantio excessivo desta árvore seca poços e compromete a fertilidades dos solos.
  3. Os odores libertados por estas fábricas devem-se aos vapores ricos em sulfato libertados pelas suas chaminés.
  4. As chaminés possuem um filtro que impede a libertação das cinzas na atmosfera e permite a sua deposição no aterro sanitário.
  5. Os efluentes líquidos resultantes do branqueamento do papel (contendo água oxigenada e cloro) e de outros processos químicos são libertados no mar. Os resíduos sólidos são depositados no aterro sanitário da zona.
  6. Os processos energéticos e produtivos da fábrica demandam grandes quantidades de água doce.
  7. Apesar de utilizar fuel óleo, uma fábrica de celulose é auto-suficiente em termos energéticos.

Dia da Árvore

Neste dia decidimos fazer uma actividade com os mais novos- foi no infantário "Casa de S.Pedro" que levámos avante a nossa "acção de formação" Aprender com a Natureza. Pois é bem mais importante chamar a atenção para esta problemática às crianças, que são afinal o futuro da humanidade.

Foi interessante reparar que, associando certos conceitos de ecologia a certos jogos as crianças revelaram ter consciência ecológica e uma curiosidade aguçada acerca do tema.



Nós: Por que é importante preservar a Natureza?
Crianças: ela dá-nos água, ar e comida, o que precisamos para viver. E não só,... dá-nos também divertimento e animais ... é muito importante! (é como nossa mãe...) risos

Nós:Amar a Natureza é...
Crianças: adorá-la, cuidar dela. Não deitar lixo no chão. Não poluir. Gostar das flores e dos animais. Dar beijinhos nela.

Algumas medidas para cuidar da Floresta:
- Respeitar as plantas, não as pisando nem arrancando.
- Ser silencioso para não incomodar os animais que nela vivem
- Não deixar lixo na floresta.
- Respeitar cada minúscula forma de vida, já que esta tem o seu papel no ambiente onde está.
- Não acender fogueiras.
- Disfrutar dela, sem a prejudicar.

Dia Mundial das Zonas Húmidas

Dia 2 de Fevereiro comemora-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas. Aproveitámos então esta data comemorativa para chamar a atenção, na nossa escola, para a problemática da devastação das florestas húmidas, nomeadamente da Amazónia.

Foi através de cartazes, painéis e diálogo que desenvolvemos esta actividade no hall de entrada da nossa escola.



Publicamos também no nosso blog algumas frases que nos levam a reflectir:
  1. A Amazónia estende-se por uma área de 6000000 km2 sendo a maior floresta tropical do mundo.
  2. A bacia do Amazonas produz cerca de 20% do oxigénio do planeta, gera muita da sua chuva e aloja milhares de espécies.
  3. Os benefécios proporcionados pela amazónia têm um valor incalculável: ao reter e absorver o dióxido de carbono, a floresta abranda o aquecimento global e limpa a atmosfera.
  4. é, no entanto, "muito mais rentável abatê-la para criar áreas de pasto e de produção agrícola do que mantê-la de pé".
  5. Entre Agosto de 2000 e Agosto de 2005, a área total de desflorestação na Amazónia foi equivalente a metade da superfície do Estado de S.Paulo.
  6. Em 1995 a floresta perdeu mais de 29 mil km2 (uma Bélgica).
  7. A Amazónia perdeu 26.130km2 de floresta entre 2003 e 2004.
  8. A este ritmo, a cobertura florestal na Amazónia deve perder 2,1 milhões km2 até 2050- uma área maior de o México.
  9. Devido à desforestação, a temperatura da Amazónia poderá aumentar, até 2100, entre 3 e 8 graus celsius.
  10. Os níveis dos rios podem ter quedas importantes e a secura do ar pode aumentar o risco de incêndios.

Causas da devastação...?

  1. Contradição entre duas opções do Governo: crescimento económico ou preservação ambiental. O governo optou pelo crescimento económico, pelas frentes que exportam grãos e carnes e que trazem dólares.
  2. A soja e o gado exigem grandes dimensões de terra que são conquistadas pelo desmatamento.
  3. Os adubos utilizados no cultivo da soja libertam toxinas na água, provocando a morte dos peixes, a base da alimentação dos povos amazónicos .
  4. As estradas representam uma distância superior a 169 mil km e foram ilegalmente abertas por madeireiros que pretendiam acesso ao mogno e a outras madeiras duras para o merado exportador.
  5. Expulsos de suas terras, os índios estão sendo feridos e mesmo mortos à bala.

Defender o envolvimento da Amazónia requer, então, a busca da reconciliação com a natureza e com os seus povos: parar a desflorestação que fere a Terra e os seus filhos e assegurar o futuro dos povos indígenas garantindo-lhes as terras que tradicionalmente ocupam.

Trata-se de um problema mais do que ambiental, mas também social. Pois afinal, o bem estar do ambiente sempre compromete o bem-estar de uma sociedade e vice-versa.